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9º Encontro dos Amigos da Irmã Maria Rita de Jesus

O 9º Encontro dos Amigos da Irmã Maria Rita de Jesus que teve lugar no dia 25 de Maio p.p. na Quinta da Azenha das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, em Gondomar, reuniu cerca de 200 pessoas de várias faixas etárias. O entusiasmo pela causa da Irmã Maria Rita de Jesus tem vindo a registar um crescendo com uma nota muito interessante: vontade assumida de alargar o conhecimento sobre a espiritualidade da Irmã e não menor desejo de mergulhar mais fundo nesta mesma espiritualidade multifacetada.

Ao acolhimento que se prolongou das 11:00 às 11:30 horas, seguiu-se a celebração da Eucaristia presidida pelo D. João Miranda Teixeira bispo auxiliar emérito da diocese do Porto.

À homilia, D. João Miranda apelou à nossa responsabilidade de cristãos para que a Igreja cresça, se expanda numa sociedade estigmatizada pelo ateísmo da indiferença. “Que nos falta fazer?” Eis a interrogação deixada a todos nós com cinco saídas possíveis:

  • Descer ao povo descrente.
  • Pregar com convicção a Boa Nova de Jesus Cristo.
  • Batizar em seu nome, depois de cuidada pregação.
  • Impor as mãos como Pedro e João.
  • Aguardar que o Espírito Santo faça novos milagres de cura física e de cura espiritual.

E D. João Miranda Teixeira transmitia-nos a convicção: O Espírito faz novos milagres de cura física e de cura espiritual se lhe emprestarmos as mãos, os pés e o coração.

E mais adiante afirmava: “O acolhimento do Espírito implica uma transformação interior do próprio modo de ser e de compreender” (…) “Estamos disponíveis para esta mudança de modo de ser, modo de pensar, atitude perante o mundo e os homens?”

Tendo por fundamento a 2ª Leitura – 1ª Pedro 3,15 – deixa-nos mais um desafio: “Precisamos de estar prontos (…), de dar a razão pela qual acreditamos, seja onde for, seja a quem for.”


Às 15 horas regressávamos para a conferência em que D. João Miranda Teixeira, partindo de quatro grandes preocupações da Irmã Maria Rita de Jesus – preocupação com o País e o mundo; preocupação com as crianças; preocupação com a evangelização das famílias; preocupação como os Pastores desempenhavam o seu múnus apostólico – deteve-se nos grandes desafios para o crente do século XXI: a fé, a igreja-comunidade, a família.

Ficam algumas considerações da conferência:

  • O Desafio da Fé – A Fé é o que nos distingue. A nossa fé é trinitária: creio em Deus Pai, creio em Deus Filho e creio em Deus Espírito.
  • O Desafio da Igreja-comunidade – A Igreja não é um aglomerado de pessoas que se junta de vez em quando: é uma comunidade. A Igreja Católica subsiste na diocese, em comunhão com o Bispo.
  • O Desafio da Família – A Igreja procede da Santíssima Trindade. A Santíssima Trindade é uma Família Divina. Deus é uma Família. Deus quer que a Igreja seja uma Família, promova, sustente, ame e alimente as famílias do Pão da Palavra e do Pão eucarístico.

E por último, D. João Miranda Teixeira estimulou a atenção de todos com a enumeração das novas bem-aventuranças da família:

  • 1ª Bem-aventuradas as famílias que entendem a sua missão como uma arte de hospitalidade.
  • 2.ª Bem-aventuradas as famílias que combatem o analfabetismo dos AFETOS.
  • 3.ª Bem-aventuradas as famílias que compreendem a importância do INÚTIL.
  • 4.ª Bem-aventuradas as famílias que cultivam a arte da LENTIDÃO.
  • 5ª. Bem-aventuradas as famílias que NÃO DEITAM FORA a caixa de brinquedos.
  • 6.ª Bem-aventuradas as famílias que fazem um bom uso das CRISES.
  • 7.ª Bem-aventuradas as famílias que dizem: Somos um laboratório para a ALEGRIA.
  • 8.ª Bem-aventuradas as famílias que vivem ABERTAS AO MUNDO E A DEUS.

A encerrar a sua exposição, D. João Miranda Teixeira lança o repto final: “vamos NOVAMENTE ATRAVESSAR OS MARES E OS CONTINENTES, ANUNCIANDO DE NOVO, ou pela primeira vez, O CRISTO DA NOSSA FÉ, DA NOSSA ESPERANÇA, AMOR DO NOSSO CORAÇÃO!”

À conferência seguiu-se uma procissão que nos encaminhou para a capela onde todos participámos numa oração/jogral composta com extratos dos escritos da Irmã Maria Rita de Jesus em que eram evidentes as suas preocupações com o País e o mundo; as crianças; a evangelização das famílias; os Pastores.

Terminada esta oração com a bênção do Senhor Bispo, deu-se o regresso a casa com evidente felicidade espelhada no rosto de todos.

Ficamos a aguardar uma nova possibilidade de encontro dentro de um ano.

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