Em abril de 1876, em Ílhavo, quatro Irmãs, duas portuguesas e duas francesas, fundaram a Casa Nossa Senhora das Sete Dores que mais tarde passou a designar-se por Asilo-Colégio de Nossa Senhora do Pranto, em homenagem à Padroeira dos pescadores.
Foi esta, pois, a primeira casa que o Instituto de Calais fundou, de raiz, em Portugal, e na qual funcionaram um Noviciado informal, aberto em 1876; uma escola, inaugurada em 1877, onde era ministrada educação gratuita a meninas, especialmente, a filhas de pescadores, e um infantário para crianças com menos de três anos de idade, dedicavam-se ainda aos cuidados dos pobres, à assistência a pacientes no domicílio e ao serviço do culto; esta missão permaneceu até 1910 quando as Irmãs foram dispersas.
Em 1918, as “irmãs francesas” regressaram a Ílhavo, a pedido das autoridades civis, a fim de assegurarem o funcionamento de uma cozinha económica, popularmente designada por “sopa dos pobres”.
As religiosas permaneceram em Ílhavo, aguardando a decisão do Tribunal Permanente da Justiça Internacional de Haia, quanto ao seu prédio que tinham perdido em 1910. A sentença, não se revelou favorável à Congregação. Perante tal decisão, ainda em 1920, as Franciscanas de Calais abandonaram definitivamente a sua casa, a qual veio a transformar-se em sede da Câmara Municipal de Ílhavo.
A pedido do Bispo de Aveiro, D. António Marcelino, as Irmãs começam a dar apoio à Obra da Criança em 2002, com uma Irmã da comunidade de Aveiro. Em 2003, abriu oficialmente, uma comunidade com três Irmãs em casa cedida pela ”Obra da Criança”.
Atualmente, as Irmãs prestam atenção às crianças da Obra, dedicam-se à pastoral na paróquia e visitam os doentes.