Júlio
A “força” da Fé
Olá amigos, gostava de partilhar convosco uma pequena reflexão. Recentemente li um pequeno texto sobre a Fé (perdoem-me, mas não recordo o nome do autor…) em que ele referia a Fé como um dom espiritual e sobrenatural que a inteligência humana não consegue explicar, como aliás tanta coisa não se explica. Nesse pequeno texto a Fé é comparada a um novelo de fio… por vezes difícil de se lhe encontrar o início… Mas imaginem um contratempo comparável a uma gruta sem luz e bastante sinuoso e de difícil compreensão que vamos ter de atravessar/ultrapassar. Aí o novelo de fio… perdão, a nossa Fé, vai sendo desenrolado e, sem perdermos o local de entrada, temos uma segurança para encontrar a saída. Recentemente tive uma experiência à qual normalmente atribuímos o rótulo de “dia mais negro da nossa vida”, e penso que o rotulamos assim pois, nessas alturas, como na gruta repleta de escuridão, não conseguimos ver a luz. Nesse dia a sucessão de notícias menos boas foram-se acumulando e, num momento de solidão, enquanto esperava um exame de diagnóstico, não consegui orar, simplesmente pedi a uma amiga especial (Irmã Maria Rita de Jesus) que, a partir daquele momento, ficasse a meu lado. Caros amigos, o que me fez partilhar estes momentos convosco foi que, a partir desse momento, senti uma paz no meio daquele turbilhão que humanamente ainda hoje não consigo explicar, pois fiquei com a nítida sensação que alguém me acolheu no colo como uma Mãe que minimiza a dor e o sofrimento de um filho, com o calor e a luz do seu regaço. E esse dia que tinha começado sombrio (estava um dia de sol e eu de férias…) transformou-se num dia sereno, em que fui encarando todas as notícias com a maior serenidade. Durante todo esse tempo alguém esteve sempre comigo… Acabei o dia, bastante longo, no bloco operatório e encontro-me a lutar todos os dias com toda a força e alegria para superar mais etapas. A minha razão de partilhar convosco esta passagem é para que tenham fé genuína e não a ponham em causa no primeiro obstáculo, pois ela é como um farol que nos guia na escuridão da dor/provação.
Bem Hajam
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